27.2.09
Nada se repete
26.2.09
Homens
It's a man's man's man's world
This is a man's world, this is a man's world
But it wouldn't be nothing, nothing without a woman or a girl
You see, man made the cars to take us over the road
Man made the trains to carry heavy loads
Man made electric light to take us out of the dark
Man made the boat for the water, like Noah made the ark
This is a man's, a man's, a man's world
But it wouldn't be nothing, nothing without a woman or a girl
Man thinks about a little baby girls and a baby boys
Man makes then happy 'cause man makes them toys
And after man has made everything, everything he can
You know that man makes money to buy from other man
This is a man's world
But it wouldn't be nothing, nothing without a woman or a girl
He's lost in the world of man
He's lost in bitterness
'It's a man's man's man's world' por SEAL
24.2.09
Concentrar
22.2.09
O Bêbado e a Equilibrista
Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos...
A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens!
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil.
Meu Brasil!...
(...)
por Elis Regina
21.2.09
Da conversa de ontem
Todos nós no nosso pequeno-grande mundo fundado a partir de uma matriz, de um nome. Essa matriz é um estar ao qual nos habituámos que nem sempre define o que realmente somos no presente, já que tantas vezes nos sentimos insatisfeitos com esse fato que já não nos serve. Mas persistimos em manter essa forma, não sei se por medo ou se por inacção. E prosseguimos, mascarando a inércia e a falta de coragem com os ecos do nosso drama privado. Alguns detalhes dessa história já não são completamente reais, por tanto os repetirmos parece que ganharam algo de abstrato. Há detalhes que já não sabemos se pertenceram realmente à nossa vida, se a uma força de repetir a mesma interpretação. Mas essa matriz é como um lar, mesmo que nos traga insatisfação, conta-nos a nossa história, dá-nos uma identidade. Será então isso? Resitimos porque temos medo de perder uma identidade? Será a nossa ideia de identidade mais importante do que o respeito por uma nova voz interior que quer ser vida?
19.2.09
Brasília
Esplendor
18.2.09
Mudar
Há um momento em que queremos mudar tudo o que é possível mudar. Há um momento em que pensamos saber os passos a seguir. Tudo se clarifica. Compreendemos que as escolha decisivas da nossa vida são apenas consequências do medo de agir ou de ficarmos sós. O mesmo será dizer consequência do movimento para nos escondermos ou para aparecermos à luz do mundo. Esse momento vem, de tempos a tempos, como uma voz da nossa natureza mais profunda, de algures, atrás no tempo. Queremos então afastar tudo o que em nós corrói a simplicidade do dia, tudo o que em nós estagnou, tudo o que em nós já não tem vida. Mesmo que aos olhos dos outros nada se tenha alterado, sabemos, naquele momento, que partimos para uma nova etapa. Porque, de repente, ensinamos os nossos olhos a ver de novo.
17.2.09
...from across the sea ....
The summer wind, came blowin' in - from across the sea
It lingered there, so warm and fair - to walk with me
All summer long, we sang a song - and strolled on golden sand
Two sweet hearts, and the summer wind
Like painted kites, those days and nights - went flyin' by
The world was new, beneath a blue - umbrella sky
Then softer than, a piper man - one day it called to you
And I lost you, to the summer wind
The autumn wind, and the winter wind - have come and gone
And still the days, those lonely days - go on and on
And guess who sighs his lullabies - through nights that never end
My fickle friend, the summer wind
The Summer Wind por Madeleine Peyroux
16.2.09
A vida, sentido de oportunidade
Quantas vezes o espírito não se sente aprisionado pelo corpo? Eu diria quase sempre. Mas por mais que nos aprisione é o corpo o veículo de expressão, de contacto com o mundo, é ele que nos dá, enfim, a noção de estarmos vivos.
Sentimos pela vida toda o corpo como o limite, o único limite, para um espírito que teima em resistir, que envelhece e rejuvenesce tantas vezes ao dia. Há um momento em que o corpo já não corresponde a essa agilidade, porque não é livre na sua condição real. É essa a melancolia, a de viver entre um princípio e um fim, mesmo que esse tempo seja invertido, fragmentado. Somos a infinita possibilidade cercada pela irreversibilidade do tempo. A arte de viver é relembrada neste filme como o sentido de oportunidade de um encontro. Cada um desses encontros são como pontes, milagres no cruzamento de outras vidas com a nossa. Muitas vezes a um espírito atormentado pelos limites do corpo e pela passagem do tempo, escapa-lhe o mais importante: viver. Estes personagens sabiam que esse encontro é breve, que o sentido da oportunidade é curto e que só isso nos é dado.
15.2.09
O passeio dos poetas
The Mall, Central Park, New York, actualidade
14.2.09
12.2.09
O encanto perdido
Na imagem vemos Gene Tierney . A fotografia será dos inícios dos anos 40 ou mesmo do final da década de 30. É fácil advinhar que a sua carreira estava ainda a começar. Há no seu rosto qualquer coisa de autêntico que as cameras e a fama ainda não haviam tomado. Há uma promessa no ar.
Nesse tempo, parece que ainda existiam muitos traços a definir, muitos caminhos a percorrer, muita vida por experimentar. Vivia-se a infância de qualquer coisa que hoje me parece decadente, sem encanto. Talvez não seja somente na pureza do preto e branco que desvendamos tudo isto, mas na vida que se mostra para além deles.
E porque será que nos parece mais distante este tempo do que outro anterior? Talvez porque desse outro tempo mais recôndido escasseiem as imagens para o confrontarmos e neste temos já a imagem do nosso tempo, mas com tudo o que perdemos nestes 60 anos. Se o pensamento é quase sempre uma imagem, seremos capazes de encontrar um novo sentido no invisível?
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