27.7.09

Os dias bons

Bob Dylan e Joan Baez

26.7.09

Dylan, o Poeta


Go ahead and talk about him because he makes you doubt,
Because he has denied himself the things that you can't live without.
Laugh at him behind his back just like the others do,
Remind him of what he used to be when he comes walkin' through.

He's the property of Jesus
Resent him to the bone
You got something better
You've got a heart of stone

Stop your conversation when he passes on the street,
Hope he falls upon himself, oh, won't that be sweet
Because he can't be exploited by superstition anymore
Because he can't be bribed or bought by the things that you adore.

He's the property of Jesus
Resent him to the bone
You got something better
You've got a heart of stone

When the whip that's keeping you in line doesn't make him jump,
Say he's hard-of-hearin', say that he's a chump.
Say he's out of step with reality as you try to test his nerve
Because he doesn't pay no tribute to the king that you serve.

He's the property of Jesus
Resent him to the bone
You got something better
You've got a heart of stone'cause

Say that he's a loser Ôcause he got no common sense
Because he don't increase his worth at someone else's expense.
Because he's not afraid of trying, 'cause he don't look at you and smile,
'Cause he doesn't tell you jokes or fairy tales, say he's got no style.

He's the property of Jesus
Resent him to the bone
You got something better
You've got a heart of stone

You can laugh at salvation, you can play Olympic games,
You think that when you rest at last you'll go back from where you came.
But you've picked up quite a story and you've changed since the womb.
What happened to the real you, you've been captured but by whom?

He's the property of Jesus
Resent him to the bone
You got something better
You've got a heart of stone

PROPERTY OF JESUS, Poema de Bob Dylan , 1981

25.7.09

Um momento especial

fotografia de Mário Pires
No dia 22 de Julho, a abertura do Festival de Músicas do Mundo - 2009, no Castelo de Sines, foi feita por TRILHOS - Novos caminhos da guitarra portuguesa .
A guitarra portuguesa aventura-se e muito bem por novos caminhos. Nunca diríamos que se sintonizaria tão bem com as percussões, o contrabaixo e o piano mantendo intacto o seu belo trinar. Excelente concerto este em que o sineense Rui Vinagre (na foto) eternizou um momento com a entrega e o talento de sempre.

22.7.09

Os Dias Bons

Paul Newman e Joanne Woodward

20.7.09

Walking on the Moon

Neil Armstrong, Buzz Aldrin and Michael Collin

um pequeno passo

Os grandes feitos resultam de pequenos passos.

19.7.09

Encontrar o nosso lugar


Queremos encontrar o nosso lugar, uma forma de vida que se coadune com a nossa forma de ver o mundo. Queremos encontrar espaço para construir essa forma de vida. Queremos encontrar tempo para o que é essencial. Queremos encontrar meios para podermos contribuir para a melhoria do mundo de todos. Queremos encontrar o amor e preservar a amizade. Queremos ser melhores. Queremos viver num mundo melhor.
Porque todos queremos isto, o mundo de cada pessoa, independentemente do faça e das suas aspirações pessoais, tem, obrigatoriamente, de se harmonizar com a ideia de que todos têm esse direito.
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18.7.09

Casticais

Nao quero mais viver do pouco
Do quem sabe sera um dia quem sabe
Viver for a do ar ter paz no ato
Viver por prazer, estar ao lado de quem se quer ver

Fazer um prato com casticais
Cabelo molhado de fato enxugar o passado
Embalar o seu corpo inteiro num trato de te prender

Pelo impulse, desejo involuntario
No nosso convivio carro quadro aquario
Piano, video noite, Mercado, o nosso filme seria amor

Night, night, night inside your eyes
Pessoas sozinhas e eu esperando voce, so voce
Night, night, night inside your eyes
Pessoas passando e eu esperando voce, por voce

Where are you now, where are you
Night night

12.7.09

O mundo é de quem não sente

O mundo é de quem não sente. A condição essencial para se ser um homem prático é a ausência de sensibilidade. A qualidade principal na prática da vida é aquela qualidade que conduz à acção, isto é, a vontade. Ora há duas coisas que estorvam a acção - a sensibilidade e o pensamento analítico, que não é, afinal, mais que o pensamento com sensibilidade. Toda a acção é, por sua natureza, a projecção da personalidade sobre o mundo externo, e como o mundo externo é em grande e principal parte composto por entes humanos, segue que essa projecção da personalidade é essencialmente o atravessarmo-nos no caminho alhieo, o estorvar, ferir e esmagar os outros, conforme o nosso modo de agir.
Para agir é, pois, preciso que nos não figuremos com facilidade as personalidades alheias, as suas dores e alegrias. Quem simpatiza pára. O homem de acção considera o mundo externo como composto exclusivamente de matéria inerte - ou inerte em si mesma, como uma pedra sobre que passa ou que afasta do caminho; ou inerte como um ente humano que, porque não lhe pôde resistir, tanto faz que fosse homem como pedra, pois, como à pedra, ou se afastou ou se passou por cima.

Fernando Pessoa, in O Livro do Desassossego

6.7.09

É tempo de Sophia ... a eternidade luminosa


Era o tempo das amizades visionárias
Entregues à sombra à luz à penumbra
E ao rumor mais secreto das ramagens
Era o tempo extático das luas
Quando a noite se azulava fabulosa e lenta
Era o tempo do múltiplo desejo e da paixão
Os dias como harpas ressoavam
Era o tempo de oiro das praias luzídias
Quando a fome de tudo se acendia

Sophia de Mello Breyner in O Búzio de Cós


O importante é o que fazemos

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O que sentimos e pensamos tem sempre uma grandeza relativa, o importante é o que nós fazemos. É a acção que se desdobra, que cria, que vai longe, que dá o exemplo.
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1.7.09

A Obrigação da Verdade


Quando olhamos um espelho, pensamos que a imagem à nossa frente é exacta. Mas basta movermo-nos um milímetro para a imagem se alterar. Aquilo que estamos realmente a ver é uma gama infindável de reflexos. Mas às vezes o escritor tem de quebrar o espelho — porque é do outro lado do espelho que a verdade nos encara. Estou convencido de que, apesar dos enormes obstáculos existentes, há uma obrigação crucial que recai sobre todos nós enquanto cidadãos: de com uma determinação intelectual inflexível, inabalável e feroz definir a verdade autêntica das nossas vidas e das nossas sociedades. É de facto uma obrigação imperativa. Se essa determinação não se incorporar na nossa visão política, não tenhamos esperança de restaurar aquilo que já quase se perdeu para nós — a dignidade do homem.
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Harold Pinter, in Discurso de Aceitação do Prémio Nobel, 2005