Arcade Fire - "Intervention" do álbum Neon Bible de 2007
Imagens do Filme "The Battleship Potemkin" de Sergei Eisenstein (1898 –1948) de 1925
31.3.10
Arcade Fire - Intervention
Intervention
The king's taken back the throne
The useless seed is sown
When they say they're cutting off the phone
I tell 'em you're not home
No place to hide
You were fighting as a soldier on their side
You're still a soldier in your mind
Though nothing's on the line
You say it's money that we need
As if we're only mouths to feed
I know no matter what you say
There are some debts you'll never pay
Working for the Church while your family dies
You take what they give you and you keep it inside
Ever spark of friendship and love will die without a home
Hear the solider groan, "We'll go at it alone"
I can taste the fear
Lift me up and take me out of here
Don't wanna fight, don't wanna die
Just wanna hear you cry
Who's gonna throw the very first stone?
Oh! Who's gonna reset the bone?
Walking with your head in a sling
Wanna hear the solider sing:
"Been working for the Church while my family dies
Your little baby sister's gonna lose her mind
Every spark of friendship and love will die without a home"
Hear the soldier groan "We'll go at it alone.
I can taste your fear
It's gonna lift you up and take you out of here
And the bone shall never heal
I care not if you kneel
We can't find you now
But they're gonna get the money back somehow
And when you finally disappear
We'll just say you were never here
Working for the church while your life falls apart
Singing halleluiah with the fear in your heart
Every spark of friendship and love will die without a home
Hear the solider groan, "We'll go at it alone"
Hear the solider groan, "We'll go at it alone"
Arcade Fire – Neon Bible - 2007
The useless seed is sown
When they say they're cutting off the phone
I tell 'em you're not home
No place to hide
You were fighting as a soldier on their side
You're still a soldier in your mind
Though nothing's on the line
You say it's money that we need
As if we're only mouths to feed
I know no matter what you say
There are some debts you'll never pay
Working for the Church while your family dies
You take what they give you and you keep it inside
Ever spark of friendship and love will die without a home
Hear the solider groan, "We'll go at it alone"
I can taste the fear
Lift me up and take me out of here
Don't wanna fight, don't wanna die
Just wanna hear you cry
Who's gonna throw the very first stone?
Oh! Who's gonna reset the bone?
Walking with your head in a sling
Wanna hear the solider sing:
"Been working for the Church while my family dies
Your little baby sister's gonna lose her mind
Every spark of friendship and love will die without a home"
Hear the soldier groan "We'll go at it alone.
I can taste your fear
It's gonna lift you up and take you out of here
And the bone shall never heal
I care not if you kneel
We can't find you now
But they're gonna get the money back somehow
And when you finally disappear
We'll just say you were never here
Working for the church while your life falls apart
Singing halleluiah with the fear in your heart
Every spark of friendship and love will die without a home
Hear the solider groan, "We'll go at it alone"
Hear the solider groan, "We'll go at it alone"
Arcade Fire – Neon Bible - 2007
30.3.10
29.3.10
As pessoas sensíveis
As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas
.
O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra
.
"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão".
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Ó vendilhões do templo
Ó construtores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito
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Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem.
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Sophia de Mello Breyner Andresen
25.3.10
24.3.10
21.3.10
Bach - Violin concerto No.2, Allegro
Johann Sebastian Bach
(Eisenach, 21-03-1685 / Leipzig, 28-07-1750)
19.3.10
Amor
Amor louco de paixão efémera, que fica para sempre numa presença de chuva branda sobre os campos. Amor breve, de passagem. Amor que transforma, que nos faz querer ser melhores. Amor maduro, de silêncio e amizade atravessado por uma linha de tristeza. Amor fechado e perene que habita casas de madeira antiga e linhos trabalhados. Amor de mãos que se tocam levemente, de risos emaranhados de música e frescura. Amor triste, vivido na espera, no fim da espera de uma noite esvaziada. Amor que golpeia, que derruba e nos espezinha em flor, no culminar da grandeza. Amor que se quer dar, porque é tanto, ao outro que é pobre de amor e o nega. Amor em movimento que equilibra e vence com um gesto certeiro de mão e dança. Amor de alma que vagueia na altitude e prescinde do corpo e das palavras. Amor que fica guardado no mais íntimo lugar e aroma de um lenço, uma pequena folha de papel, um livro. Amor que regressa velho da lonjura do tempo e se faz novo no ondular de uma música...
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(reposição)
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18.3.10
17.3.10
Quinze Pontos na Alma (Under My Skin) - Teaser
Um filme de Vicente Alves do Ó. Com Rita Loureiro, Marcello Urgeghe, João Reis, Carmen Santos, Dalila Carmo, Ivo Canelas, Ana Moreira, Filipe Vargas e Maya Booth. Uma produção da Filmes de Fundo.
16.3.10
15.3.10
As Coisas Efémeras são as Mais Necessárias
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Das coisas tangíveis, as menos duráveis são as necessárias ao próprio processo da vida. O seu consumo mal sobrevive ao acto da sua produção; no dizer de Locke, todas essas «boas coisas» que são «realmente úteis à vida do homem», à «necessidade de subsistir», são «geralmente de curta duração, de tal modo que - se não forem consumidas pelo uso - se deteriorarão e perecerão por si mesmas».
Após breve permanência neste mundo, retomam ao processo natural que as produziu, seja através de absorção no processo vital do animal humano, seja através da decomposição; e, sob a forma que lhes dá o homem, através da qual adquirem um lugar efémero no mundo das coisas feitas pelas mãos do homem, desaparecem mais rapidamente que qualquer outra parcela do mundo.
Após breve permanência neste mundo, retomam ao processo natural que as produziu, seja através de absorção no processo vital do animal humano, seja através da decomposição; e, sob a forma que lhes dá o homem, através da qual adquirem um lugar efémero no mundo das coisas feitas pelas mãos do homem, desaparecem mais rapidamente que qualquer outra parcela do mundo.
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Hannah Arendt in A Condição Humana
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12.3.10
Só se Cria na Diversidade
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Albert Camus in O Mito de Sísifo
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Todos os pensamentos que renunciam à unidade exaltam a diversidade. E a diversidade é o local da arte. O único pensamento que liberta o espírito é aquele que o deixa só, certo dos seus limites e do seu fim próximo. Nenhuma doutrina o solicita. Ele espera o amadurecimento da obra e da vida. Separada dele, a primeira fará ouvir, uma vez mais, a voz levemente ensurdecida de uma alma para todo o sempre liberta da esperança. Ou nada fará ouvir, se o criador, cansado do seu jogo, pretende afastar-se. Tudo isso se equivale.
.Albert Camus in O Mito de Sísifo
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11.3.10
O advento de heróis e de carrascos
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Trazemos connosco personalidades potenciais que acontecimentos ou acidentes podem potencializar. Assim, a Revolução fez surgir o génio político ou militar nos jovens destinados a uma carreira medíocre numa época normal; a guerra provoca o advento de heróis e de carrascos; a ditadura totalitária transformou seres pálidos em monstros. O exercício incontrolado do poder pode «tornar o sábio louco» (Alain) mas pode tornar sábio o louco, e dar génio ao medíocre, como no caso de Hitler e Estaline. E também as possibilidades de génio ou de demência, de crueldade ou de bondade, de santidade ou de monstruosidade, virtuais em todos os seres, podem desenvolver-se em circunstâncias excepcionais. Inversamente, estas possibilidades nunca chegarão à luz do dia na chamada vida normal: nos nossos dias, César seria funcionário da CEE, Alexandre teria escrito uma vida de Aristóteles para uma colecção de divulgação, Robespierre seria adjunto de Pierre Mauroy na Câmara de Arras, e Bonaparte seria do séquito de Pascua.
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Edgar Morin in Os Meus Demónios
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Trazemos connosco personalidades potenciais que acontecimentos ou acidentes podem potencializar. Assim, a Revolução fez surgir o génio político ou militar nos jovens destinados a uma carreira medíocre numa época normal; a guerra provoca o advento de heróis e de carrascos; a ditadura totalitária transformou seres pálidos em monstros. O exercício incontrolado do poder pode «tornar o sábio louco» (Alain) mas pode tornar sábio o louco, e dar génio ao medíocre, como no caso de Hitler e Estaline. E também as possibilidades de génio ou de demência, de crueldade ou de bondade, de santidade ou de monstruosidade, virtuais em todos os seres, podem desenvolver-se em circunstâncias excepcionais. Inversamente, estas possibilidades nunca chegarão à luz do dia na chamada vida normal: nos nossos dias, César seria funcionário da CEE, Alexandre teria escrito uma vida de Aristóteles para uma colecção de divulgação, Robespierre seria adjunto de Pierre Mauroy na Câmara de Arras, e Bonaparte seria do séquito de Pascua.
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Edgar Morin in Os Meus Demónios
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10.3.10
3.3.10
O Encanto Perdido (reposição)
Na imagem vemos Gene Tierney . A fotografia será dos inícios dos anos 40 ou mesmo do final da década de 30. É fácil advinhar que a sua carreira estava ainda a começar. Há no seu rosto qualquer coisa de autêntico que as cameras e a fama ainda não haviam tomado. Há uma promessa no ar.
Nesse tempo, parece que ainda existiam muitos traços a definir, muitos caminhos a percorrer, muita vida por experimentar. Vivia-se a infância de qualquer coisa que hoje me parece decadente, sem encanto. Talvez não seja somente na pureza do preto e branco que desvendamos tudo isto, mas na vida que se mostra para além deles.
E porque será que nos parece mais distante este tempo do que outro anterior? Talvez porque desse outro tempo mais recôndido escasseiem as imagens para o confrontarmos e neste temos já a imagem do nosso tempo, mas com tudo o que perdemos nestes 60 anos. Se o pensamento é quase sempre uma imagem, seremos capazes de encontrar um novo sentido no invisível?
2.3.10
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