wild horses © 2013 Great Bend Post
30.4.13
Em Dias de Luz Perfeita e Exacta
Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta,
Em que as cousas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Por que sequer atribuo eu
Beleza às cousas.
Uma flor acaso tem beleza?
Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma
E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer cousa que não existe
Que eu dou às cousas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.
Então por que digo eu das cousas: são belas?
Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as cousas,
Perante as cousas que simplesmente existem.
Que difícil ser próprio e não ver senão o visível!
Alberto Caeiro in O Guardador de Rebanhos - Poema XXVI
(Heterónimo de Fernando Pessoa)
Pergunto a mim próprio devagar
Por que sequer atribuo eu
Beleza às cousas.
Uma flor acaso tem beleza?
Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma
E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer cousa que não existe
Que eu dou às cousas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.
Então por que digo eu das cousas: são belas?
Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as cousas,
Perante as cousas que simplesmente existem.
Que difícil ser próprio e não ver senão o visível!
Alberto Caeiro in O Guardador de Rebanhos - Poema XXVI
(Heterónimo de Fernando Pessoa)
27.4.13
A Monstruosa Amálgama da Identidade Europeia
O mal do totalitarismo é ser uniformizador e impositivo. Há sempre um
modelo de perfeição, que os povos mais atrasados terão de seguir e com o qual
terão de se comparar. Há sempre uma identidade superior, uma ideologia acima da
realidade, um futuro comum aos mais diversos interesses. O totalitarismo é o
grande inimigo da diferença e a própria democracia liberal, ao impor e exigir
certas igualdades menos naturais, tem aspectos totalitários.
É com horror que assisto à construção da chamada «identidade» europeia, uma monstruosa amálgama beneluxiana que reduz todos os ingredientes nacionais a uma pasta amorfa de argamassa processada. Quando temo pela resistência da nossa diferença à uniformização europeia, não temo a nossa dominação de todas as nacionalidades — temo é a dominação de todas as nacionalidades por um euro-híbrido que não seja escolhido ou amado por nenhuma delas. A verdade é que a Itália está menos italiana, a Alemanha está menos alemã, a Inglaterra está menos inglesa e Portugal está menos português. E nem por isso estão mais parecidos com outra nacionalidade qualquer. O que perderam em carácter não ganharam em mais nada. As nações europeias estão cada vez mais iguais, mais incaracterísticas, mais chatas. Qualquer dia deixa de ter piada viajar.
Miguel Esteves Cardoso in Último Volume, 1991
É com horror que assisto à construção da chamada «identidade» europeia, uma monstruosa amálgama beneluxiana que reduz todos os ingredientes nacionais a uma pasta amorfa de argamassa processada. Quando temo pela resistência da nossa diferença à uniformização europeia, não temo a nossa dominação de todas as nacionalidades — temo é a dominação de todas as nacionalidades por um euro-híbrido que não seja escolhido ou amado por nenhuma delas. A verdade é que a Itália está menos italiana, a Alemanha está menos alemã, a Inglaterra está menos inglesa e Portugal está menos português. E nem por isso estão mais parecidos com outra nacionalidade qualquer. O que perderam em carácter não ganharam em mais nada. As nações europeias estão cada vez mais iguais, mais incaracterísticas, mais chatas. Qualquer dia deixa de ter piada viajar.
Miguel Esteves Cardoso in Último Volume, 1991
25.4.13
Liberdade
— Liberdade, que estais no céu...
Rezava o padre-nosso que sabia,
A pedir-te, humildemente,
O pio de cada dia.
Mas a tua bondade omnipotente
Nem me ouvia.
— Liberdade, que estais na terra...
E a minha voz crescia
De emoção.
Mas um silêncio triste sepultava
A fé que ressumava
Da oração.
Até que um dia, corajosamente,
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado,
Saborear, enfim,
O pão da minha fome.
— Liberdade, que estais em mim,
Santificado seja o vosso nome.
Miguel Torga in 'Diário XII'
Rezava o padre-nosso que sabia,
A pedir-te, humildemente,
O pio de cada dia.
Mas a tua bondade omnipotente
Nem me ouvia.
— Liberdade, que estais na terra...
E a minha voz crescia
De emoção.
Mas um silêncio triste sepultava
A fé que ressumava
Da oração.
Até que um dia, corajosamente,
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado,
Saborear, enfim,
O pão da minha fome.
— Liberdade, que estais em mim,
Santificado seja o vosso nome.
Miguel Torga in 'Diário XII'
25 ABRIL
Há trinta e nove anos, nas ruas, já eramos "livres"
mas talvez por dentro o medo ainda resistia
E agora?
a 25-04-1974 c. 15h10 - Salgueiro Maia solicita, com megafone, a rendição do Carmo em 10 minutos. Momentos antes recebera do Posto de Comando do MFA uma mensagem escrita pelo major Otelo Saraiva de Carvalho na qual ordena que apresente um aviso-ultimato para a rendição.
a cronologia dos acontecimentos aqui:
http://www.instituto-camoes.pt/revista/cronologia.htm
mas talvez por dentro o medo ainda resistia
E agora?
a 25-04-1974 c. 15h10 - Salgueiro Maia solicita, com megafone, a rendição do Carmo em 10 minutos. Momentos antes recebera do Posto de Comando do MFA uma mensagem escrita pelo major Otelo Saraiva de Carvalho na qual ordena que apresente um aviso-ultimato para a rendição.
a cronologia dos acontecimentos aqui:
http://www.instituto-camoes.pt/revista/cronologia.htm
23.4.13
Ver Claro é não Agir
O governo do mundo começa em nós mesmos. Não são os sinceros que governam o mundo, mas também não são os insinceros. São os que fabricam em si uma sinceridade real por meios artificiais e automáticos; essa sinceridade constitui a sua força, e é ela que irradia para a sinceridade menos falsa dos outros. Saber iludir-se bem é a primeira qualidade do estadista. Só aos poetas e aos filósofos compete a visão prática do mundo, porque só a esses é dado não ter ilusões. Ver claro é não agir.
Fernando Pessoa in Livro do Desassossego
Fernando Pessoa in Livro do Desassossego
21.4.13
20.4.13
Explicação da Eternidade
devagar, o tempo transforma tudo em tempo.
o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.
os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.
os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
foste eterna até ao fim.
José Luís Peixoto in A Casa, A Escuridão
18.4.13
A Escrita
No Palácio Mocenigo onde viveu sozinho
Lord Byron usava as grandes salas
Para ver a solidão espelho por espelho
E a beleza das portas quando ninguém passava
Escutava os rumores marinhos do silêncio
E o eco perdido de passos num corredor longínquo
Amava o liso brilhar do chão polido
E os tectos altos onde se enrolam as sombras
E embora se sentasse numa só cadeira
Gostava de olhar vazias as cadeiras
Sem dúvida ninguém precisa de tanto espaço vital
Mas a escrita exige solidões e desertos
E coisas que se vêem como quem vê outra coisa
Podemos imaginá-lo sentado à sua mesa
Imaginar o alto pescoço espesso
A camisa aberta e branca
O branco do papel as aranhas da escrita
E a luz da vela – como em certos quadros –
Tornando tudo atento
Sophia de Mello Breyner Andresen
Biografia
Tive amigos que morriam, amigos que partiam
Outros quebravam o seu rosto contra o tempo.
Odiei o que era fácil
Procurei-me na luz, no mar, no vento.
Sophia de Mello Breyner Andresen
14.4.13
HOLANDA
Um
poeta está sentado na Holanda. Pensa na tradição. Diz para si mesmo:
eu
sou alimentado pelos séculos, vivo afogado na história de outros homens. E
a sua
alma é atravessada pelo sopro primordial. Mas tem a alma perdida: é um
inocente
que maneja o fogo dos infernos. Abre-se ao fundo da sua meditação
holandesa
um grande lago: a solidão, e em volta passeiam vacas. A Holanda
agora
é isto: vacas, e — no centro — o inferno, a revolucionária inocência de
um
poeta sentado.
—
Por quem me tomam? — pode ele perguntar. — O que eu quero é o
amor.
E
sempre assim, sempre: cidades inexplicáveis no meio da terra ou prados
imensos
onde se tem medo. Prados para vacas, não para um poeta di-la-ce-ra-do
por
uma tormentosa inocência.
Já
não escreve poemas nem pergunta às pessoas o seu nome. Ele próprio,
visto
estar destinado à inteira perdição, vai perdendo o nome pelo país adiante.
Agora
vigia a paz devoradora dos animais, as coisas, a imobilidade. Vou partir
—
imagina. As cidades ardem, os campos enlouquecem. Um poeta tem de
partir,
repartir, repartir-se. Um poeta deve ser uno. O inferno não o deixa. Às
vezes
lamenta-se: Sinto-me como se tivesse percorrido o deserto; não sei nada.
À
noite falava baixo, conhecendo que não possuía a protecção das coisas e a sua
vida
estava a ser corroída por uma vocação menos que humilde: degradante.
Não
servia para nada; essa era a sua mais implacável vocação. Ficava sentado a
ver
os homens holandeses cuidarem dos animais e da terra e a vigiarem o céu. Os
homens
holandeses invocavam os poderes que se debruçavam, um pouco como
holandeses,
sobre o exercício humano.
Na
Holanda o Demónio é negativo. O poeta sabia da irremissível solidão do
Demónio, e pedia por ele: Piedade para o Demónio, piedade para a
solidão demoníaca.
Demónio, e pedia por ele: Piedade para o Demónio, piedade para a
solidão demoníaca.
Na
Holanda é assim. O Demónio está no meio das vacas: não escreve poemas,
não
pode exercer os dons. Pensa, perde o nome. Quem esperaria dele que
trabalhasse
a terra ou protegesse as alimárias?
Pela
noite fora o poeta mantinha-se o mais deitado possível, com o talento
voltado
para o ar, ouvindo os pequenos ruídos do mundo. E pensava: Como se
atreve
a terra a tamanha placidez? Ou estarei eu marcado por alguma culpa
insondável?
De onde descendo, que não sou amado dos holandeses nem me
acalmo
e participo nas tarefas?
Mas
uma noite recebeu a visitação. O seu espírito iluminou-se: Tu és um
homem.
Sim, sou um homem — disse — mas não sou holandês. Aliás, não se
compreendia
bem o que fosse aquilo de ser um homem.
—
Para onde pensam que vou ou de onde venho? — perguntaria. — Eu
aspiro
ao amor.
Percebe-se
isto? Holanda, Holanda, país conquistado às águas! (Não é assim
que
se diz?). Holanda erguida devagar ao concreto. Entretanto o poeta
abisma-se no
espírito demoníaco e invoca uma protecção obscura — a piedade —
para o
Demónio.
Pensa
furiosamente na tradição, e toda a sua memória está corrompida por
uma
ardente e desordenada tristeza. O sangue é negro desde a raiz. Porque
ninguém
sabe onde a corrupção completa a inocência.
O
quarto fica sobre uma loja onde se vendem leites, natas, queijos, cremes.
Tudo
isso é gordo e branco. Ele desce as escadas, pára em frente da leitaria.
Que
é isto? — pergunta. Refere-se a Deus, devorador de natas. — Há uma
confusão
qualquer — supõe. — Sou um inocente. Afastem Deus daqui. Além
disso,
estou amaldiçoado.
O
coração já não pode mais. Entre os bichos e as plantas, acontece-lhe dizer:
Que
fertilidade! — e a vida corrompe-se nos próprios fundamentos. Sente-se
como
um apóstolo sem fé. Desejaria morrer, arder no fogo apocalíptico das
cidades.
Ou ser devorado pela inteligência, estiolar de excessiva lucidez no meio
da
loucura campestre. Tradição, compreende uma: ama-a. Perdeu o nome, essa
sabedoria.
Beleza, é pouco. Verdade, é muito. Trata-se de um termo subtil que
participa
de uma e outra, que se tornou inútil, insensato.
—
Não penso na minha alma — diria ele — nem na carne. Não me ponho
a
perguntar se ganharei a salvação. Eu preciso de amor. Preciso aprender.
Mas
parece que na comunidade já tudo se aprendera, estava tudo ensinado e
sabido
desde sempre. E os homens pensavam unicamente em preservar-se do
sofrimento;
desejavam que a linguagem ficasse intacta, sem mácula.
Ele
olhava o sol verde entre as patas das vacas e supunha poder envenenar-se
legando
o cadáver à confusão holandesa. E como se alimentaria essa confusão,
como
seria divertido o pequeno quadro holandês! — Senhor, que lhe aconteceu?
Salva-lhe
a alma se puderes. Ele era um estrangeiro: envenenou-se. Nada mais
sabemos.
Que mal te fez a Holanda para a castigares assim?
Muito
lentamente, o seu amor desenvolveu-se. Era um amor que se aprendia
a
si próprio, cheio de medo e dúvida.
O
nosso amor pode atingir tudo? — perguntava. Ou perguntava então: —
Até
onde vão os direitos de um... homem? Ou de um poeta?
Na
Holanda não se fazem fogueiras ao ar livre: nada se percebe do fogo.
A
Holanda é um país cada vez maior. O mar rouba-lhe meio metro, e logo os
holandeses
roubam dois metros de terra ao seio fervente das águas.
—
Não compreendo a justiça cósmica.
E
murmura para si: Nada conhecem das coisas do fogo. Os dons mais
profundos
do homem estiolam dentro deles. Deverei amá-los?
—
Amar o quê, quem? — pergunta a visita. — Referes-te aos homens
holandeses
ou aos dons que esqueceram?
E
ele não sabe realmente aquilo a que desejava referir-se, o que lhe inspirava
o
desespero. Sentado na Holanda, pensa: — Piedade.
Para
ele? Para os homens holandeses?
Em
que jogos se enreda uma inocência!
Herberto
Helder in Os
Passos em Volta,
1997
12.4.13
Sentir
"Isto às vezes é tremendo porque a gente quer exprimir sentimentos em relação a pessoas e as palavras são gastas e poucas. E depois aquilo que a gente sente é tão mais forte que as palavras..."
António Lobo Antunes, in Público, 2004
11.4.13
METROPOLITANOS
Aqui estamos, atravessando
sem saber o nosso destino,
à espera que o próprio caminho
o torne evidente (mas não),
somos todos assim metrpolitanos (urbanos),
saímos na estação errada,
lemos cabeçalhos, vemos o envelhecimento
nos rostos que connosco através
de túneis dantescos (cliché),
e pensamos (ou dizemos agora que pensámos)
que há um plano que nos ultrapassa (rodoviário),
um plano (subterrâneo)
de linhas que se cruzam com as linhas
da mão, interceptadas em cores
e com o guarda-roupa do nosso
tempo (capitalismo tardio),
atravessamos (atrasados), sob o sol
que imaginamos em cima (platónico),
interrompidos pelo parêntesis irónico
da consciência que talvez queira fazer
a diferença mas não faz nada (nada).
Pedro Mexia in de Eliot e Outras Observações, Gótica, 2003
9.4.13
Inteligência, Dá-me o Nome Exacto das Coisas
Inteligência, dá-me
o nome exacto das coisas!
... Minha palavra seja
a própria coisa,
criada por minha alma novamente.
Que por mim cheguem todos
os que não as conhecem, às coisas;
que por mim cheguem todos,
os que já as esquecem, às coisas;
que por mim cheguem todos
os próprios que as amam, às coisas...
Inteligência, dá-me
o nome exacto, e teu,
e seu, e meu, das coisas.
Juan Ramón Jiménez in Eternidades
Tradução de José Bento
o nome exacto das coisas!
... Minha palavra seja
a própria coisa,
criada por minha alma novamente.
Que por mim cheguem todos
os que não as conhecem, às coisas;
que por mim cheguem todos,
os que já as esquecem, às coisas;
que por mim cheguem todos
os próprios que as amam, às coisas...
Inteligência, dá-me
o nome exacto, e teu,
e seu, e meu, das coisas.
Juan Ramón Jiménez in Eternidades
Tradução de José Bento
3.4.13
APRENDIMENTOS
O filósofo Kierkegaard me ensinou que cultura é
o caminho que o homem percorre para se conhecer.Sócrates fez o seu caminho de cultura e ao fim
falou que só sabia que não sabia de nada. Não tinha
as certezas científicas. Mas que aprendera coisas
di-menor com a natureza. Aprendeu que as folhas
das árvores servem para nos ensinar a cair sem
alardes. Disse que fosse ele caracol vegetado
sobre pedras, ele iria gostar. Iria certamente
aprender o idioma que as rãs falam com as águas
e ia conversar com as rãs. E gostasse mais de
ensinar que a exuberância maior está nos insetos
do que nas paisagens. Seu rosto tinha um lado de
ave. Por isso ele podia conhecer todos os pássaros
do mundo pelo coração de seus cantos. Estudara
nos livros demais. Porém aprendia melhor no ver,
no ouvir, no pegar, no provar e no cheirar. Chegou
por vezes de alcançar o sotaque das origens.
Se admirava de como um grilo sozinho, um só pequeno
grilo, podia desmontar os silêncios de uma noite!
Eu vivi antigamente com Sócrates, Platão, Aristóteles –
esse pessoal. Eles falavam nas aulas: Quem se
aproxima das origens se renova. Píndaro falava pra
mim que usava todos os fósseis linguísticos que
achava para renovar sua poesia. Os mestres pregavam
que o fascínio poético vem das raízes da fala.
Sócrates falava que as expressões mais eróticas
são donzelas. E que a Beleza se explica melhor
por não haver razão nenhuma nela. O que mais eu sei
sobre Sócrates é que ele viveu uma ascese de mosca.
Manoel de Barros, Memórias Inventadas, 2003 (A infância)
2.4.13
Inspiração
A minha inspiração são os homens e as mulheres que surgiram em todo o globo e escolheram o mundo como o teatro das suas operações, e que lutam contra as condições socioeconómicas que não promovem o avanço da Humanidade, onde quer que este ocorra. Homens e mulheres que lutam contra a supressão da voz humana, que combatem a doença, a iliteracia, a ignorância, a pobreza e a fome. Alguns são conhecidos, outros não. Essas são as pessoas que me inspiraram.
Nelson Mandela, in 'Conferência na London School of Economics, Londes, 6 Abril 2000'
Uma sociedade inteira
"Uma sociedade inteira vive mergulhada num mundo de facilidades e aparências, afogada em sms, mails, blogues e redes sociais, onde procura criar uma estranha forma de vida e de relacionamento humano, que garante o contacto e o sucesso imediato e dispensa o incómodo que é enfrentar a vida real, sem ser a coberto do anonimato ou do disfarce hipócrita, e sem ter de assumir as consequências dos seus actos nem o vazio de passar por aqui sem ter feito nada de útil para os outros."
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