um poema de Livro sobre Nada
Vi um prego do Século XIII enterrado até meio
numa parede de 3 x 4, branca, na XXIII Bienal das Artes
Plásticas de São Paulo de 1994.
Meditei um pouco sobre o prego.
O que restou para decidir foi: se o objecto enferrujado
seria mesmo do Século XIII ou do Século XII?
Era um prego sozinho e indiscutível.
Podia ser um anúncio de solidão.
Prego é uma coisa indicutível.
Manoel de Barros, Livro sobre Nada, 1996
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