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Vivem-se tempos de mudança. Tudo parece colapsar. Sabemos que todas as acções têm uma consequência, até a passividade comporta em si uma acção e terá um resultado.
Mergulhado na rapidez das redes de comunicação, o mundo acelera a mudança, mas apenas a mudança visível. O fundo do cenário, mantém-se, porque não se exploram sistemas e formas inovadoras. Talvez não haja saída para além dos sistemas que já conhecemos; Não é nem nunca foi possível romper sem assegurar a continuidade. As manifestações que assistimos recentemente fora da Europa, nomeadamente nos países árabes, são bem sucedidas as que ocorrem nos países onde a continuidade do poder colapsou e, complementarmente, já existe alguma maturidade social, continuada, capaz de dizer "Basta!". Na Europa, parece que vivemos o contrário, as manifestações parecem querer uma mudança, mas mais do que isso também pedem a continuidade: a continuidade do crescimento económico, a continuidade da segurança social, a continuidade da qualidade social com vista ao bem estar de todos. Vivemos todos os dias, cada vez mais ligados uns aos outros e vamos todos querer viver melhor. Todos queremos ou iremos querer, legitimamente, o acesso à saúde, ao trabalho, à qualidade de vida. Mas será possível alcançar essa aspiração nos sistemas económicos e sociais existentes e no mundo em que vivemos?
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