Vive-se o tempo de todos os tempos. O disco roda tão rápido que parece parado. Todas as cores nele impressas tornam-se brancas na velocidade. Desaba lentamente o castelo de cartão flutuante. As pessoas seguem-no com o olhar, expectantes. Qual é a pergunta fundamental? O que devo questionar agora? O que devo dizer? Viemos de tão longe. Chegámos de tão perto. Temos o mundo inteiro num pequeno fruto simplificado e ao mesmo tempo disperso, complexo, à deriva. Chegámos ao fim de uma era, mas afigura-se que chegámos tarde, porque o começo ou o recomeço de qualquer coisa parece não estar nas nossas mãos, mas algures. Para onde seguiremos? Está iminente um outro tempo mas não um novo tempo.
Mas temos que prosseguir, mesmo sem respostas. E ainda no campo de explosão, a vida segue, presa pelas pequenas coisas. A alegria que não quer morrer, a esperança no próximo passo, na nova descoberta. Aqui no mundo que temos, na vida que temos, cada um de nós.
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o futuro ri de nós que não conseguimos acompanhar o presente. a unidade de medida do tempo alterou sem que consigamos nominá-la. tudo tem um outro significado e não há termos de comparação.
ResponderEliminarpairamos tentando agarrar-nos a valores que insistimos que sejam imutávies mas até esses se nos escapam, alteram..
é, a alegria que não queremos que morra, e de que nos lembramos de cada vez que nos surpreendemos ao reparar que estamos a rir, ainda rimos. e de nós próprios, tantas vezes.
a alegria de partilhar também
ResponderEliminarobrigada