18.2.09

Mudar

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Há um momento em que queremos mudar tudo o que é possível mudar. Há um momento em que pensamos saber os passos a seguir. Tudo se clarifica. Compreendemos que as escolha decisivas da nossa vida são apenas consequências do medo de agir ou de ficarmos sós. O mesmo será dizer consequência do movimento para nos escondermos ou para aparecermos à luz do mundo. Esse momento vem, de tempos a tempos, como uma voz da nossa natureza mais profunda, de algures, atrás no tempo. Queremos então afastar tudo o que em nós corrói a simplicidade do dia, tudo o que em nós estagnou, tudo o que em nós já não tem vida. Mesmo que aos olhos dos outros nada se tenha alterado, sabemos, naquele momento, que partimos para uma nova etapa. Porque, de repente, ensinamos os nossos olhos a ver de novo.


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