11.2.09

O Tempo de todos os Tempos

Fotografia de Yann Arthus-Bertrand

Vivemos o tempo de todos os tempos. Com a expansão das redes de comunicação, com o acesso a cascatas intermináveis de imagens e de informação somos tocados pela dispersão e obrigados a abrigar todos os tempos dentro do nosso. Temos uma obsessão pelo tempo real, pelo registo dos acontecimentos, pelo novo que mais não é um sintoma do medo de já não nos restar mais nada com que sonhar. Será então isso? Estaremos nós já suspensos na dispersão? Estará a humanidade à deriva dos acontecimentos como se eles tivessem tomado as rédeas ao "destino"? Estará a Humanidade sem energia e sem meios para idealizar um caminho para si mesma?
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1 comentário:

  1. Identifiquei-me totalmente com a mensagem sobre o tempo e achei o texto muito bem escrito. Parabéns.

    "(...)abrigar todos os tempos dentro do nosso.", permite-me, neste meu tempo, comunicar consigo graças às redes de comunicação, as mesmas que permitem aceder em tempo real ao que se passa em todo o mundo mas que não nos torna mais solidários nem mais lutadores pela paz nem ... menos sós. Hoje temos um vocabulário mais rico, criámos um novo termo: VIRTUAL, e com ele é mais fácil enganar-nos, vendo por ex.noticiários com imagens violentíssimas enquanto calmamente jantamos (pelo menos alguns de nós que nos intitulamos humanos). Mas talvez venha a propósito nomear Darwin, que há 150 anos nos deixou o livro das espécies e que explica como nós chegámos ao que somos hoje ... e esclarece que não fomos criados como lindas criaturas, como sempre aparece o Adão e a Eva. Mas sejamos optimistas pois ainda há muito com que sonhar ... eu sonho que uma nova maneira de viver se estará a aproximar, com menos consumismo, menos materialismo, menos egoísmo e muito mais amor entre todos os que são pertença deste planeta. Nascemos, vivemos, morremos e o tempo continua o seu caminhar.

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