imagem do filme Jules et Jim de François Truffaut (1962)
.
É possível que pensemos que tudo na nossa vida condiga com a regra. Acreditar nisso facilita as coisas, pois não se esperam grandes inovações ou arrebatamentos para viver. Basta agir de acordo com a "regra" e a vida segue o seu devir sem muitos sobressaltos. Mas e se a certa altura descobrirmos que não somos "a regra", mas antes "a excepção"? E que não há volta a dar, "a excepção" está ali, acordada, à nossa espera. Ao contrário de a regra, a excepção é difícil de contentar, exige muito de nós, exige criatividade, dedicação, atitude, "espírito". Às vezes, pensamos que não estamos à altura de a viver, que não somos capazes, então deixamo-la transformar num grande palácio em ruínas. Outras, decidimos avançar e descobrirmos que vivê-la é irmos ao nosso encontro com o desprendimento vivo da descoberta. E, mais tarde, é possível que se chegue à conclusão que a excepção habita todas as vidas, mas que a maioria das pessoas prefira não se aperceber disso...
.
A maior parte das pessoas não leu o Saramago e o seu brilhante "Ensaio sobre a Cegueira".... Andam cegas desde que nasceram.
ResponderEliminar