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Tudo fazemos para nos aproximarmos, para nos organizarmos. Enfim, as diligências necessárias para a sobrevivência e continuidade da acção da espécie humana. Aprendemos a valorizar o único e a criar na diversidade. Precisamos de entrar no labirinto das formas e das ideias, como quem se afasta da multidão para pensá-la. Sem esse movimento, estagnamos, perdemo-nos.
Mas o sentido da unicidade alberga em si, por consequência, o da solidão. Sabemos que o único caminho possível é o da aproximação. Porém, a solidão própria de cada homem, se por um lado quer acercá-lo dos outros porque sem eles não há sentido, quer ao mesmo tempo afasta-se porque se sente desolada na sua unicidade. É por isso que talvez seja na experiência de "dar" que conseguimos que essa solidão se esbata. Talvez seja esse o sentido maior.
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